No âmbito do processo relativo à eventual exploração de petróleo e gás natural no Algarve, teve lugar no dia 11 de Janeiro do corrente uma reunião entre os Presidentes da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), do NERA, AIHSA, AHETA, CEAL, ACRAL e ANJE com vista à avaliação e união de posições sobre este assunto.
No encontro ficou clara a posição destas entidades:
Não à prospeção e exploração de petróleo e gás natural no Algarve!
Recorde-se que, desde 2005, a AMAL vem acompanhando esta matéria de forma atenta e preocupada, não obstante o secretismo e a ausência de informação de sucessivos Governos aos municípios, à Comunidade Intermunicipal do Algarve, às entidades regionais e aos cidadãos.
Independentemente da forma como o processo foi conduzido pelos diferentes Governos, os representantes da AMAL e das associações empresariais do Algarve afirmam com veemência que discordam e opõem-se, firmemente, ao arranque e desenvolvimento desta atividade.
Esta tomada de posição deve-se ao facto de se considerar que só o anúncio da prospeção gera consequências negativas para a atividade económica da região. Além disso, a sua concretização em termos de exploração poria em risco o futuro do Algarve em termos económicos, nomeadamente o turismo, principal sector da região.
Esta eventual realidade não se coaduna com o desenvolvimento sustentável preconizado e defendido para a região pelos vários agentes económicos e políticos, alicerçado nas mais variadas vertentes turísticas, na potenciação dos recursos endógenos e de indústria não poluente ou limpas, com recurso às energias renováveis, esse sim o caminho a seguir.
Importa não ignorar que o turismo é o motor da economia regional e que este se reflete em termos nacionais. Como é sabido, a força da oferta turística do Algarve tem por base a beleza da paisagem, o clima, o ambiente. O arranque deste processo pode, na opinião dos Presidentes da AMAl e das associações empresariais, constituir um golpe fatal para o futuro da região.
Os resultados, caso a exploração de petróleo e gás natural avancem, em terra ou mar, põem em risco a economia da região e não justificam os danos ambientais e sociais que daí possam advir para o bem-estar na região, da sua economia e de todos os algarvios.
Os Presidentes da AMAL e das Associações Empresarias estão disponíveis para todas acções adequadas em conjunto com os cidadãos do Algarve para impedir este processo.
Pela AMAL, Jorge Botelho, pelo NERA, Vitor Neto; pela AHISA, Daniel do Adro, pela AHETA, Elidérico Viegas, pela CEAL, Carlos Luis, pela ACRAL, Vitor Guerreiro e pela ANJE, Steven Piedade.
Faro 12 de Janeiro de 2016
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